Casey é uma norte americana que, ao perder o marido Shawn de uma maneira totalmente inesperada, ainda muito jovem, adquiriu um hábito que imediatamente a alivia da perda, como se pudesse, literalmente, internalizar a presença de seu marido, numa estratégia de impedir que ele se vá e se torne "apenas uma memória".
Ela vivencia um luto possivelmente complicado, em que a elaboração se tornou extremamente difícil e encontra-se impossibilitada de processar a realidade do acontecimento de uma maneira tranquila e equilibrada. Ingerir as cinzas do marido tornou-se, então, uma forma de evitar essa realidade e garantir, a partir de suas próprias percepções, a perpetuação da presença do marido dentro de seu imaginário. Mas ao mesmo tempo em que vivencia a sensação de internalizá-lo, vivencia culpa e desamparo por imaginar que suas cinzas não estarão ali para sempre.
Ao participar do programa "minha estranha obsessão", Casey pode compartilhar com a família o sofrimento pelo qual estava passando e teve, finalmente, a assistência profissional de que precisava. Não apenas para impedi-la de realizar um comportamento prejudicial para sua saúde física, mas para realizar um trabalho de elaboração desse luto, questionando-se sobre essa experiência e sobre seus próprios sentimentos. Com o tempo, acredita-se que Casey tenha se tornado capaz de se fortalecer internamente novamente e tenha conseguido localizar essa dor diretamente no acontecimento, não se sentindo mais culpada ou desesperada por internalizá-lo de qualquer maneira.
Com ajuda profissional, o luto se transformou de uma dificuldade em lidar com a perda desse objeto em empoderamento, ou seja, uma nova capacidade de se posicionar frente a essa nova realidade, essa nova visão de mundo. Casey transformou sua vivência melancólica diante da perda do marido, caracterizada pela perda inconsciente de um objeto idealizado, em um luto esperado e com menos sofrimento, onde a perda consciente do ente querido permite que ela volte seu afeto para outros objetos.
Com ajuda profissional, o luto se transformou de uma dificuldade em lidar com a perda desse objeto em empoderamento, ou seja, uma nova capacidade de se posicionar frente a essa nova realidade, essa nova visão de mundo. Casey transformou sua vivência melancólica diante da perda do marido, caracterizada pela perda inconsciente de um objeto idealizado, em um luto esperado e com menos sofrimento, onde a perda consciente do ente querido permite que ela volte seu afeto para outros objetos.
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